UBATUBA
Em seus mais de 100 km de costa o município possui
102 praias, sendo 92 no continente e 10 em ilhas. Muitas destas praias estão
com sua natureza ainda intocada. Junte a isso inúmeros rios, cachoeiras,
cenários propícios para praticar o ecoturismo, observação de aves, esportes de
aventura, mergulho ou apenas respirar o ar puro vindo do mar.
Junto a toda essa natureza intocada estão diversas
comunidades tradicionais formadas por quilombolas, indígenas e caiçaras que
possuem seu modo de vida e cultura particular e que até os dias de hoje mantém
vivas suas tradições e costumes, como a canoa caiçara, cestaria Guarani e o
azul marinho, prato típico que tem como base peixe cozido com banana verde.
PARQUE
ESTADUAL SERRA DO MAR
Criado em 30 de agosto de 1977
através do Decreto N° 10.251 (30/08/1977), o Parque Estadual da Serra do Mar
teve sua área ampliada em 2010 de 315.000 hectares para 332.00 hectares, abrangendo
23 municípios, desde Ubatuba, até Pedro de Toledo, é a maior área de proteção
integral de toda Mata Atlântica. Atualmente é gerenciado por meio de 09 núcleos
administrativos.
O Núcleo Picinguaba, teve o
distrito de Picinguaba acrescentado ao núcleo em 1979. A antiga Fazenda
Picinguaba, área de domínio público com cerca de 7.000 hectares foi anexada ao
núcleo, totalizando uma área de 47.500 hectares e incluindo a cota zero.
O Núcleo Picinguaba tem como
singularidade um dos únicos trechos que atinge o nível do mar, estreitando a
relação Serra e Mar. Incorpora uma série de ecossistemas associados à Mata
Atlântica, como mangue, restinga, floresta ombrófila densa e ecossistemas
costeiros e toda a diversidade biológica intrínseca a eles. Protegendo cinco
praias de raras belezas cênicas no município de Ubatuba, Cambury, Brava do
Cambury, Picinguaba, Praia da Fazenda e Brava da Almada.
Com mais de trezentos projetos de
pesquisa, o Núcleo recebe estudantes e pesquisadores do Brasil inteiro,
oferecendo infraestrutura e áreas bem preservadas abaixo da cota altimétrica de
100 m.
Considerado um reduto de cultura
tradicional, o núcleo é caracterizado pela presença de comunidades caiçaras,
quilombolas e indígenas. Possui diretrizes de gestão estabelecidas no Plano de
Manejo, quanto à presença de populações na Unidade de Conservação. No que se
refere ao patrimônio histórico cultural a nossa região ainda guarda costumes e
tradições que estão ligadas diretamente à nossa história, populações que
lembram suas origens na gastronomia e em festas, sintetizando toda sua
diversidade.
As diversas trilhas contidas na
Unidade de Conservação propiciam um amplo trabalho de Ecoturismo e Educação
Ambiental. Na Vila de Picinguaba, Cambury, Sertão da Fazenda e Sertão do
Ubatumirim, é possível vivenciar a cultura caiçara e quilombola, seus laços com
a mata e o mar, além da busca pela sustentabilidade através do Turismo de Base
Comunitária.
PROJETO TAMAR
Desde a sua criação, o Tamar
investe recursos humanos e materiais para adquirir o maior conhecimento
possível sobre a biologia das tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil,
priorizando pesquisas aplicadas que resolvam aspectos práticos para a
conservação desses animais. Conhecidos pela grande capacidade migratória, com
um ciclo de vida de longa duração, as tartarugas ainda são um mistério para
pesquisadores do mundo inteiro.
Nas áreas de reprodução, as
praias de desova são monitoradas todas as noites durante os meses de setembro a
março, no litoral, e de janeiro a junho, nas ilhas oceânicas, por pescadores
contratados pelo Tamar, chamados tartarugueiros, além de estagiários e
executores das bases. É realizado patrulhamento noturno para flagrar fêmeas em
ato de postura, observar o comportamento do animal durante a desova, registrar
dados morfométricos e coletar material biológico para posterior análise
genética. Os pesquisadores monitoram os ninhos nos próprios locais de postura,
ou transferem alguns, encontrados em áreas de risco, para locais mais seguros
na mesma praia ou para cercados de incubação, expostos ao sol e chuva plenos,
em praias próximas às bases de pesquisa. São feitas marcação e biometria das
fêmeas, contagem de ninhos e ovos.
Nas áreas de alimentação, o
monitoramento é quase todo realizado no mar, muitas vezes junto às atividades
pesqueiras, com os técnicos embarcados. Os pescadores são orientados a salvar
as tartarugas que ficam presas nas redes de espera, cercos, currais e outras
modalidades de pesca. Essas áreas registram alto índice de captura incidental
por pescarias costeiras. Nas ilhas oceânicas, como em Fernando de Noronha e
Atol das Rocas, é realizado o programa de captura, marcação e recaptura,
através de mergulho livre ou autônomo.
Tanto nas áreas de desova como de
alimentação, é feita marcação de animais encontrados vivos: todos recebem um
anel de metal nas nadadeiras dianteiras, para identificação e estudo de seu
deslocamento e de hábitos comportamentais, além de dados sobre crescimento e
taxa de sobrevivência.
AQUÁRIO
DE UBATUBA
O Aquário de Ubatuba é um
empreendimento privado, fundado em fevereiro de 1996 por um grupo de
oceanólogos.
Desde sua inauguração, já recebeu
milhares de pessoas, que puderam absorver conhecimentos e serem sensibilizadas
acerca da importância da conservação do meio ambiente marinho e da riqueza de
sua biodiversidade.
Tendo como principais objetivos a
educação e a pesquisa voltadas à conservação do meio ambiente, o Aquário de
Ubatuba foi o primeiro Aquário Privado aberto à visitação pública no país,
tendo sido, também, pioneiro em diversas áreas tais como:
Foi o primeiro no país a
introduzir o conceito de tanque de toque, por meio do qual os visitantes,
através do contato com os animais e de acompanhamento, sempre de um monitor,
podem aprender com maior facilidade conceitos de biologia e conservação;
– Montou o primeiro aquário de
Águas-Vivas do Brasil, que encanta turistas e ensina um pouco mais sobre estes
animais que fascinam a todos;
– O Aquário de Ubatuba mantém
Convênios com 110 instituições de ensino e pesquisa para realização de estágios
e pesquisas conjuntas;
– O Aquário de Ubatuba serviu
como referência e, posteriormente, através da empresa Terramare pôde replicar a ideia
em outros pontos do país. Desta forma, Aquários já realizados ou em projeto,
como os de Aparecida/SP, Oceanário de Aracajú/SE, Aquário da Bacia do Rio São
Francisco em Belo Horizonte/MG, Aquário de Rio das Ostras/RJ, Aquário do Parque
Escola Sabina em Santo André, Aquário do Pantanal em Campo Grande/MS e
Oceanário Brasil em Rio Grande/RS contaram com o apoio da equipe técnica do
Aquário de Ubatuba e da empresa Terramare.
O Oceanólogo Hugo Gallo Neto,
fundador e Diretor-Executivo do Aquário de Ubatuba, diz que “a Educação
Ambiental é prioridade no Aquário de Ubatuba, pois aqui aplicamos o conceito de
edutainment (do inglês a fusão das palavras education=educação
+entertainment=entretenimento), permitindo que os visitantes, ao mesmo tempo em
que se descontraem em um passeio, aprendam e passem a valorizar e respeitar
nossa biodiversidade aquática e marinha”.
Desta forma, o idealizador do
projeto acredita estar contribuindo através da educação ambiental e do trabalho
prático, para o conhecimento, valorização e consequente conservação dos
ambientes costeiros e de água doce do país.
Os Oceanos ocupam mais de 70% da
superfície de nosso planeta e muito contribuem para a existência e para a
propagação da vida, inclusive em uma de suas formas mais elaboradas: a
humana.
Propriedades da água marinha
forneceram e ainda fornecem os meios pelos quais a vida consegue evoluir.
Na preservação dos mares podem-se
encontrar muitas das chaves para a sobrevivência do planeta.
A vida veio do mar.